terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mengeles do Brasil e a nova ordem social

CASO INSTITUTO ROYAL
Por Júlio Ottoboni em 22/10/2013 na edição 769

Josef Mengele (1911-1979), um dos mais terríveis nomes gravados no histórico das perversidades produzidas sob a égide da ciência, deixou herdeiros no Brasil. Longe de ser gêmeos idênticos, filhotes da ficção sobre a manipulação genética, mas seguidores da mesma visão antropocêntrica que confere ao homem subordinar todas as outras espécies de vida e habitantes do planeta aos seus caprichos e interesses, principalmente os de ordem econômica. Como se a ciência conferisse a seus seguidores a condição de semideuses, olímpicos e inquestionáveis.

Aos poucos, setores da imprensa e a própria sociedade diante da democratização do conhecimento passaram a revelar as imperfeições de Narciso. E ele se revoltou – não é tão belo quanto propala ser. O protesto, seguido de invasão do Instituto Royal, em São Roque, interior paulista, mostrou que a ciência narcísica ainda predomina em vários de seus setores e prefere promover discursos anacrônicos e obsoletos na tentativa de explicar-se diante dos questionamentos novos e emergentes.


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