sábado, 19 de outubro de 2013

Manifestantes incendeiam carros da TV Tem e viatura da PM

Nota sobre a notícia abaixo: frequentemente quem joga a primeira pedra não é necessariamente um ativista... já aconteceu de em várias ocasiões quem começa o tumulto é um P2 (policial infiltrado na manifestação).
João
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 Manifestantes incendeiam carros da TV Tem e viatura da PM
19/10/13 | SÃO ROQUE
Defensores de animais querem protestar em frente ao Instituto Royal e pedem que comissão tenha entrada permitida para verificar a possível presença de mais cães usados em testes


Viatura da PM foi depredada por integrantes do manifesto - Carolina Santana
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A Tropa de choque da Polícia Militar foi reforçada em São Roque e voltou a atacar manifestantes que protestam contra o uso de animais em testes promovidos pelo Instituto Royal. Dois carros da TV Tem e uma viatura da PM foram depredados e incendiados. Policiais dispararam tiros com balas de borracha e bombas de gás contra o grupo. Várias pessoas foram atingidas e passaram mal devido ao efeito do gás lacrimogêneo, inclusive profissionais da imprensa. Às 10h30, a polícia estimava que 200 pessoas participavam do protesto. Acredita-se que esse número tenha triplicado em cerca de uma hora depois. A Rodovia Raposo Tavares chegou a ser interditada e agora segue com trânsito normal.

O confronto começou depois que alguém atirou uma pedra na direção dos policiais, enquanto a apresentadora Luisa Mell negociava uma reunião entre ativistas e representantes do laboratório. A repórter Carolina Santana, do Cruzeiro do Sul, acompanhava a manifestação quando também foi atingida pela bomba lançada pelos PMs. Um carro da Rádio CBN foi cercado e conseguiu escapar. Os repórteres da afiliada da TV Globo de Sorocaba conseguiram se afastar, mas o veículo deles foi depredado e depois incendiado. Horas depois, manifestantes queimaram outro carro da TV Tem. Entre os integrantes do movimento, há quem aprove os atos de violência e quem defenda um protesto pacífico.

A Rodovia Raposo Tavares (SP-79) foi fechada por volta das 11h50 no sentido interior, altura do quilômetro 56. O movimento exige que os militares liberem a passagem em uma via para que o protesto possa ser feito em frente ao centro de pesquisas. Também pede que uma comissão tenha entrada permitida nas dependências da empresa, para inspeção em dois porões que, segundo eles, poderiam confinar mais animais. A falta de acordo com os PMs fez uma parte do grupo interditar a rodovia, por volta das 11h20. O trânsito voltou a fluir horas depois.

O protesto começou às 10h e antes deste horário policiais já estavam posicionados a 1 quilômetro do instituto, de modo a impedir que alguém chegasse perto do local invadido na madrugada de sexta-feira, quando ativistas levaram 178 cães da raça beagle e danificaram equipamentos.

Os líderes do movimento temiam pela segurança dos manifestantes, devido ao risco de atropelamento na rodovia. Eles pediam que a passagem fosse liberada. A polícia negociou e pediu que uma comissão de cinco pessoas fosse formada para uma reunião com representantes do lnstituto. Antes de qualquer negociação, porém, integrantes do movimento romperam a fita de isolamento.

Após formada a comissão, ativistas escolhidos para representar o protesto foram se aproximar para conversar com os policiais e o segundo cordão de isolamento foi rompido por manifestantes que avançaram. Com isso, a tropa de choque se posicionou e deixou a situação mais tensa. Luisa Mell pedia calma aos ativistas e manifestantes enquanto negociava com policiais. Assim que terminou de falar com o grupo, uma mulher gritou: "vamos esperar até quando? Vamos invadir!" Em seguida, uma pedra foi atirada contra a o bloqueio montado pelos policiais, atitude que gerou o revide com bombas.

Por volta das 13h30 a tropa de choque recebeu reforço para desocupar as pistas da rodovia. Policiais passaram a ordenar que manifestantes se mantivessem sentados no chão. Mesmo atendendo ao comando, ficaram de frente para os disparos. Um grupo de jornalistas, incluindo a repórter do Cruzeiro, foi perseguido por militares que miraram e atiraram balas de borracha, mesmo com os avisos de que estava trabalhando. Uma repórter do jornal O Globo, que preferiu não ter o nome divulgado, foi atingida no braço esquerdo enquanto tentava se proteger com os demais jornalistas atrás de um ponto de ônibus. Após encurralar os jornalistas na entrada de uma chácara, outro policial pediu aos colegas que os profissionais não fossem agredidos. Um fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo também foi ferido por uma bala de borracha.

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