domingo, 27 de outubro de 2013

Direitos empatados

Direitos empatados
Advogado militante luta para dar condição de ente legal a pelo menos alguns 'não humanos', garantindo-lhes direitos jurídicos
26 de outubro de 2013 | 14h 21

Mônica Manir
Na janelinha. Beagle-cobaia retirado de instituto em São Roque espera em um dos carros dos ativistas -
Edison Temoteo/Futura Press
Na janelinha. Beagle-cobaia retirado de instituto em São Roque espera em um dos carros dos ativistas
Steven Wise não encanta cães: advoga por eles. Também advoga por gatos, chimpanzés, bonobos, gorilas, golfinhos, elefantes, porcos, papagaios e polvos, cuja consciência já está sabidamente comprovada em pesquisas. Sua luta nesta vida é elevar o status desses bichos na cadeia de direitos. Faz isso há 30 anos, nas cortes e nos bastidores, ao professar aulas nas faculdades de direito de Harvard, Vermont, Miami, John Marshall e Lewis & Clark, e na medicina veterinária da Tufts, em Massachusetts. Convidado assíduo de programas de TV, palestrante em variados ecossistemas e culturas, ele ainda pilota o projeto Direitos dos Não Humanos, organização baseada na Flórida. A missão da organização se mimetiza com a sua: mudar a condição legal de pelo menos algumas espécies não humanas, tirando-as do limbo de meras “coisas”. “Um ser somente tem direitos se for humano. Isso é fruto de uma história repleta de ignorância. Quais foram as razões pelas quais nos demos tantos direitos?”, questiona.

Assumidamente influenciado pelo livro Libertação Animal, do bioeticista australiano Peter Singer, que ele leu ainda na primeira edição, de 1975, Wise também lançou os seus:Rattling the Cage – Toward Legal Rights for Animals (2000), Drawing the Line – Science and the Case for Animal Rights (2003), Though the Heavens May Fall – The Landmark Trial that Led to the End of Human Slavery (2005), e  An American Trilogy – Death, Slavery, and Dominion Along the Banks of the Cape Fear River (2009). Hoje trabalha no quinto, um livro de memória do projeto Direitos dos Não Humanos.

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