terça-feira, 21 de maio de 2013

Reflexão sobre a exploração de animais como atração turística ou meio de transporte


21/05/2013 | TURISMO


Um único cavalo puxando uma charrete com dois condutores e quatro passageiros, no verão escaldante de Aswan (Egito) - Por: ARQUIVO PESSOAL

Notícia publicada na edição de 21/05/2013 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 006 do caderno Turismo - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.


Quando eu era pequena, costumávamos passar as férias de inverno em Poços de Caldas ou Águas de Lindóia. Como, nesse período, a piscina do hotel permanecia inutilizável, em Águas de Lindóia, a atividade mais aguardada do dia era quando saíamos para andar a cavalo. Em virtude de esta atividade se repetir todos os dias, era como se eu tivesse o "meu" cavalo e, minha irmã o "dela". Com os meus oito, nove anos, achava normal e não via nada de mal que cavalos fossem usados para este fim. Já em Poços de Caldas, fazíamos passeios de charrete, e, embora eu fosse ainda mais criança (tinha uns cinco, seis anos), lembro-me que o cavalo que puxava a charrete causava-me pena, não parecia feliz. No verão, a situação era ainda pior, pois passávamos as férias todas em Santos, e era inevitável uma visita ao Aquário ou ao show de golfinhos. No primeiro atrativo, ficava preocupada ao ver o pouco espaço reservado aos peixes e, ainda mais angustiada, com a minúscula piscina destinada à moradia do leão-marinho, que tem como hábitat natural toda a extensão dos oceanos. No show de golfinhos, a situação não era nada melhor, os pobres animais eram obrigados a mostrar os truques que haviam aprendido em troca de... comida! Além disso, lá também, a piscina era minúscula e a água visivelmente suja, o que tornava o cativeiro ainda mais cruel.
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